terça-feira, 6 de março de 2012

Mas o que sei eu?

Há momentos em que olhas à tua volta, para o que já (ultra)passaste, para o que já deixaste fugir, para o que não foste suficiente ou não te souberam dar valor, o que já te marcou, quem já te magoou, quem já te fez sorrir de uma forma que nem acreditavas possível, o que viste, o que aprendeste, o que tiveste de crescer, todas as tuas cicatrizes e recuerdos e pensas: será que consigo fazer isto de novo? Será que vou ter paciência para tudo isto de novo? Será que alguém vai ser suficiente, ou vou conseguir ver o suficiente, para que queira passar por isto de novo?
A resposta é mais simples do que pode parecer: apesar de a princípio poder parecer que não, que não tens forças, que não vais encontrar ninguém como aquela pessoa, que tenha a mesma vontade de te ver pelo que és, vai haver um momento, seja uma troca de olhares, um toque na mão, uma gargalhada sem refreio ou um sorriso daqueles que até te esqueces do que ias dizer... e vai ser nesse momento em que na tua cabeça vais dizer que sim. E já nem vais perceber porque raio duvidaste à partida.